Até quando o produtor vai suportar as altas taxas de produção e o consumidor pagar os altos preços das mercadorias postas à sua disposição para consumo?
Vivemos um processo de alta de preços de alimentos no Brasil, ocasionados por diversos fatores, aumento desproporcional nos preços dos insumos, falta de qualificação de mão de obra, tecnologia inacessível aos médios e pequenos produtores, baixo aproveitamento de áreas agricultáveis, crédito agrícola caro e insuficiente, taxação excessiva sobre a produção, excesso de burocracia social, econômica e ambiental, além dos custos secundários agregados, como custos no transporte da produção, armazenamento dos produtos, embalagem e comercialização, gerando como efeito colateral a alta de preços a serem pagos pelos consumidores finais.
Até quando o produtor vai suportar as altas taxas de produção e o consumidor pagar os altos preços das mercadorias postas à sua disposição para consumo?
BUROCRACIA AO PRODUTOR RURAL
Atualmente, o mais simples para ser um produtor rural é a aquisição ou arrendamento da terra. Após, os caminhos são sinuosos e burocráticos, sujeitos a órgãos de controle em diversas esferas, como no caso do produtor catarinense: RFB, MAPA, INCRA, IBAMA, IMA, SDS, SEC. AGRICULTURA, EPAGRI, CIDASC, Sec. Agricultura Municipal entre outros, além de profissionais de variada ordem, como CONTADORES, ADVOGADOS, ENGENHEIROS, TÉCNICOS, AGRIMENSORES, GEÓLOGOS entre outros; sem esquecer da parte burocrática como declarações, impostos, contribuições, taxas, Dare, Darfs, contribuições trabalhistas, socias, sindicais, federações, associações, ITR, CCIR, CAR, ADA, Contribuição Sindical Rural, Imposto de Renda, Funrural…….
QUAL O CAMINHO
A redução dos custos de produção, logística e armazenamento de produtos, bem como a redução da taxação sobre os alimentos, em especial os da cesta básica, é fundamental para o início do processo de redução dos preços dos alimentos postos à disposição do consumidor.
O primeiro passo é estabelecer uma política agrícola, com zoneamentos de produção para cada região, conforme aptidão de suas terras, localização geográfica e comercial, planejamento de produção e produtos. Em seguida, uma política de Incentivo de crédito, através de desburocratização do crédito agrícola, subsídios para compra de máquinas, equipamentos e insumos, inclusive com juros zero para produção de alimentos da cesta básica, prioridade à pesquisa e à formação de mão de obra qualificada; Investimentos em ferrovias, portos, e centros de distribuição internos.
Finalmente, a redução de taxas, impostos e documentos que burocratizam a produção agrícola e afastam o pequeno produtor dos pontos de comercialização oficiais, através da redução e unificação de declarações, taxas e impostos.
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