Cada vez mais, os estudos científicos das últimas décadas fortalecem a importância da arquitetura na saúde humana, tanto física quanto mental.
Assim como o meio ambiente é transformado pelo ser humano, o espaço também pode afetar consideravelmente as pessoas em múltiplas dimensões. A constante interação com o mundo a nossa volta é estimulada pelo espaço que habitamos e responde a esses estímulos.
Cada vez mais, os estudos científicos das últimas décadas fortalecem a importância da arquitetura na saúde humana, tanto física quanto mental. Ao habitar um espaço, seja ele uma sala, um edifício, uma rua, uma cidade, vivemos interagindo constantemente com eles em nossas emoções, pensamentos e comportamentos. Desde a forma das coisas, até elementos que podem parecer um detalhe, como padrões, luz, cor, sons e texturas, os espaços nos afetam constantemente, sem sequer percebermos que isto está acontecendo.
COMO ISSO ACONTECE E POR QUÊ?
Nosso sistema nervoso interpreta estas informações em diferentes processos cognitivos, diante do ambiente construído. A arquitetura e neurociência buscam entender trocas possíveis entre esses campos: por exemplo, como o cérebro processa o ambiente que vivenciamos, ou como a arquitetura pode conhecer melhor os mecanismos dos processos neurais, planejar experiências que tragam saúde e bem-estar em projetos arquitetônicos na teoria e na prática da neuroarquitetura.
As questões da mente frente ao ambiente construído e o sentir a necessidade de um maior entendimento de como as pessoas percebem os ambientes, os impactos, e de como essa relação mútua acontece é o resultado desta trajetória de estudos e alguns materiais de autores que têm colaborado na construção do conhecimento na área, por meio de publicações na literatura especializada.
ESTAMOS EM UMA NOVA FASE DE PROJETAR
Concluímos que estas relações entre mente, meio e comportamento, fazem uma ponte com as dimensões das emoções, percepção, cognição e psicologia ambiental, a fim de posicionar a neurociência em sua aplicação na arquitetura.
Experiências práticas apresentam como ela tem sido utilizada para o entendimento das reações do cérebro frente a características de ambientes construídos.
Tudo isso vem a substanciar nossas capacidades fantásticas e insubstituíveis de intuir, ter empatia, imaginar e sonhar.
Alguns insights recentes da neurociência sobre a percepção humana e o valor que eles têm para o profissional, concentram-se nesta ideia de “empatia” ou na forma como biologicamente envolvemos o ambiente construído.
Relacionando a maneira como projetamos nossos espaços, colocamos o ser humano como ator principal de nosso trabalho. A neuroarquitetura, como ferramenta fundamental, nos permite antecipar a experiência do usuário x ambiente, durante o processo projetual, para o seu bem-estar futuro.
A partir daí, temos o enriquecimento da arquitetura na junção entre a fundamental beleza com grandes doses de aplicabilidade e criatividade.
0 comentário